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  • Foto do escritorSintonia Kuan Yin

O SONO E OS SONHOS



Categorizados por Allan Kardec como fenômenos de emancipação da alma, o sono e os sonhos são indicativos de que o Espírito encarnado nunca está inativo, ainda que mantido ligado ao corpo físico pelo perispírito:


Durante o sono, apenas o corpo repousa, pois o Espírito não dorme; aproveita-se do repouso do corpo e dos momentos em que a sua presença não é necessária para atuar isoladamente e ir aonde quiser, no gozo então da sua liberdade e da plenitude das suas faculdades. Durante a encarnação, o Espírito jamais se acha separado completamente do corpo; qualquer que seja a distância a que se transporte, conserva-se preso sempre ao corpo físico por um laço fluídico, que serve para lembrá-lo de retornar a este, desde que a sua presença ali se torne necessária. Somente a morte rompe esse laço.1


O resultado imediato do sono é o sonho, conceituado pelos orientadores da Codificação Espírita como “(…) a lembrança do que o vosso Espírito viu durante o sono. Notais, porém, que nem sempre sonhais, porque nem sempre vos lembrais do que vistes ou de tudo o que vistes. (…).”2


Todas as pessoas sonham, uma vez que o Espírito continua em plena atividade enquanto o corpo físico dorme. Apenas não se recordam dos acontecimentos ocorridos na outra dimensão da vida: “(…) como o corpo é matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, já que tais impressões não chegaram ao Espírito por meio dos órgãos do corpo.”3


A relativa liberdade adquirida pelo Espírito encarnado durante o sono apresenta, contudo, algumas características que merecem ser assinaladas.

– Ampliação das faculdades psíquicas: “ (…) Sabei que, quando o corpo repousa, o Espírito tem mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire mais poder (…).”4


Os sonhos são efeito da emancipação da alma, que se torna mais independente pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida, que se estende aos lugares mais distantes ou que jamais viu (…).5

À medida que a pessoa desenvolve a capacidade de lembrar-se dos sonhos — há orientações médicas e psicológicas a respeito —, os sonhos se tornam mais nítidos. Surgem, então, com frequência cada vez maior, os chamados sonhos lúcidos, assim denominados pela lucidez e coerência das lembranças. Esta situação é de grande valia para o encarnado, auxiliando-o em seu progresso espiritual.


Os avisos por meio dos sonhos desempenham grande papel nos livros sagrados de todas as religiões. (…) É com frequência a ocasião que os Espíritos protetores aproveitam para se manifestar a seus protegidos e lhes dar conselhos mais diretos. São numerosos os exemplos autênticos de avisos por sonhos; porém, não se deve concluir daí que todos os sonhos são avisos.10


Nota: Estado de vigília = quando estamos acordados.

 

Referência Bibliográfica

1. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Trad. de Evandro Noleto Bezerra. Pt. 1, cão. IV, it. 24, pág. 74/75.

2. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4ª ed. 1ª imp. Questão 401, pág. 209. Brasília: FEB Editora, 2013. 3. Questão 403, pág. 210. 4. Questão 402, pág. 207. 5. Pág. 209. 6. Pág. 208. 7. Pág. 209. 8. Obras Póstumas. Trad. de Evandro Noleto Bezerra. Pt. 1, cap. IV, it. 24, pág. 75. 9. Pág. 75/76. 10. A Gênese. Os Milagres e as predições. Trad. de Evandro Noleto Bezerra. Cap. XV, it. 3, pág.265. Fonte: https://www.febnet.org.br/blog/geral/colunistas/o-sono-e-os-sonhos/

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