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  • Foto do escritorSintonia Kuan Yin

CABOCLO TUPINAMBÁ



O termo “tupinambá” significa “o primeiro” ou “o mais antigo” e tem ligação à uma das nações indígenas mais conhecidas do Brasil. Fazia parte dessa grande nação as tribos Temiminós, Tupiniquins, Tamoios, Tabajaras, Potiguaras, Caetés, Amoipiras, Aricobés, Tupinás e um grupo chamado Tupinambá.


Conta a história que o Caboclo Tupinambá saiu para uma de suas caçadas e levou uma pancada na cabeça, ficando desacordado por um tempo. Foi picado por insetos e um odor desagradável começou a sair do seu corpo e a atrair outros animais. Entre os animais atraídos estava um animal feroz, que chegou para atacá-lo e foi surpreendido por uma serpente que defendeu o caboclo.


O Caboclo Tupinambá voltou à consciência, no impulso pegou a faca que portava e matou o animal feroz. Se afastou da serpente sem tirar os olhos dela. Caminhando de um lado para o outro, ainda atento a um possível bote da cobra, sem saber que ela já o acompanhava. Assim, os dois seguiram por horas caminhando lado a lado. Ao longo dessa jornada o Caboclo e a serpente ficaram amigos, e a cobra era levada em seu braço, como se fosse um bracelete.


Ele foi levado até a morada das cobras, e lá ele aprendeu os seus segredos, tempo em que as cobras subiram em seu corpo e curaram todas as suas feridas causadas pelos insetos. Passou a conviver com as cobras em plena harmonia. Até que um dia ele se surpreendeu com o ataque de uma cobra coral, ataque que veio a se repetir por diversas vezes. Foi atacado porque a cobra coral tinha ciúmes da convivência do Caboclo com as outras demais de sua espécie, dessa forma, uma disputa foi criada. O Caboclo vivia brincando com a cobra coral para provocá-la, até que um dia, a matou. Após isso ele retirou o coro da cobra e colocou em sua testa, como um troféu. As cobras que andavam com o Caboclo aceitaram o ocorrido sem nenhum problema, já as outras cobras corais, não. A rixa entre o Caboclo e a cobra coral permaneceu.


Quando finalmente retornou à sua tribo, descobriu que caçadores haviam invadido suas terras e colocado fogo em tudo. Sua mãe foi abusada e morta queimada e, com medo, todos os seus familiares abandonaram a tribo. Entretanto, ele preferiu continuar no local e erguer seu novo começo ali. Com o tempo outros índios foram chegando e trazendo suas famílias e reestabelecendo a tribo. Com isso Tupinambá passou a ser um índio triste e de poucas palavras, mas que atuava na cura dos integrantes daquela aldeia.

Com o avançar da idade e a tristeza aumentando, o Caboclo sentiu que sua hora havia chegado e preferiu se isolar na mata, com sua companheira cobra, sentado debaixo de uma árvore, aguardando sua morte que estava próxima, o que aconteceu. Portanto, a sua grande amiga partiu primeiro.

 

Esse Caboclo vem na linha e na vibração de Oxóssi. Trabalha com cura e com quebra de demandas. A sua cura vem do conhecimento que possui com relação às ervas e as banhas que retirava das suas caças.


Este caboclo tem uma maneira de pensar muito otimista. Como ele gosta de dizer: “Tupinambá é como um bambu: sabe se vergar e, por isso, não pode ser quebrado.”

Possui um humor sereno que permite com que seja firme, sem deixar de ser carinhoso. Alegre, ele é bastante carismático. Tem poder de aconselhar consulentes que estão com brigas familiares ou de relacionamentos profissionais. Sua cura é diferente, mais ligada ao coração, sabe apaziguar brigas. Diplomático, esse Caboclo consegue, como ninguém, evitar uma guerra contra falanges negativas, por isso, é muito procurado para auxiliar em questões “diplomáticas”.


Sua energia, em terra, é intensa e vibrante. Gosta de dançar e geralmente seus movimentos são giratórios. Costuma usar pintura e adereços no rosto. Em ocasiões festivas usa um cocar que vai até o chão. Sempre acompanhado de uma cobra e uma onça, trabalha com esses animais para auxiliar os consulentes. As cobras realizam a limpeza do perispírito das pessoas e do ambiente. Já a onça atua combatendo o que for mais pesado e grosseiro e, ainda existe o javali, que aparece quando é necessário para combater algo muito grave. Com relação ao seu linguajar, o tupi-guarani se sobrepõe ao português. Sua cor de cura predominante é o verde. Como oferendas gosta de frutas variadas, além do milho e de raízes.


 

Créditos:

Texto retirado do blog: Vida de tarot

Imagem de autor desconhecido, retirada da internet.

Canção: Tupinambá – Mantric Mambo

Produzido por Sintonia Kuan Yin, em 01.01.2023.


#umbanda #xamanismo

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